sábado, 8 de fevereiro de 2025

PARA SEMPRE

 Queria aquela esperança desvairada

Sem compromisso nenhum com o fim

Sem as agruras do caminho

Com o apoio eterno do sim

Queria a mesma falta de escrúpulos

A inocência mais intensa

A brincar em redor

Esconde e  esconde, passa o anel

Coisas do céu 

Num eterno e divino carrossel

pendurado nas barras do tempo 

E o sorriso mais intenso

Queria o garoto  ainda aqui

sem pensar em chorar

Sem pensar que findaria,

Proibido falar em adeus

Queria não ter sepultado a história

E as referências

Em tantas urnas

Queria ter a quem pedir a benção

E o delicioso gargalhar

A voz afinada ora embargada

A cantar e cantar...

O ar  de outros tempo

O que sempre vai estar

Queria não envelhecer

E nem saber de finitudes

Efêmeras verdades escondidas

No involucro daquelas ilusões

Queria enganar o tempo

Ludibriar a morte

Tapear o destino

Queria apenas ser de novo

Quiça pra sempre aquele menino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

PIPOCA OU PERDÃO.

A pergunta paira no ar: Devemos perdoar? Sair  todo mundo ileso?  Foi só uma brincadeirinha exagerada?  Estamos sendo duros demais? Anistiem...