Queria aquela esperança desvairada
Sem compromisso nenhum com o fim
Sem as agruras do caminho
Com o apoio eterno do sim
Queria a mesma falta de escrúpulos
A inocência mais intensa
A brincar em redor
Esconde e esconde,
passa o anel
Coisas do céu
Num eterno e divino carrossel
pendurado nas barras do tempo
E o sorriso mais intenso
Queria o garoto ainda
aqui
sem pensar em chorar
Sem pensar que findaria,
Proibido falar em adeus
Queria não ter sepultado a história
E as referências
Em tantas urnas
Queria ter a quem pedir a benção
E o delicioso gargalhar
A voz afinada ora embargada
A cantar e cantar...
O ar de outros tempo
O que sempre vai estar
Queria não envelhecer
E nem saber de finitudes
Efêmeras verdades escondidas
No involucro daquelas ilusões
Queria enganar o tempo
Ludibriar a morte
Tapear o destino
Queria apenas ser de novo
Quiça pra sempre aquele menino.
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