Quando a tarde pendia para o fim e o sol dourava as folhas das plantas mamae griitava:
- Hora de ir embora.
Deixar o terreiro, derrubar os castelos sacudir a poeira vermelha dos pés, voltar ao nosso mundo um pouco mais urbano.
Tristeza, queria ficar por lá eternamente correr e brincando e dar asas a muitos sonhos.
Mas temos que partir às vezes.
O continuo movimento do ir e vir.
Casa de vovó ficava guardada para outro dia.
E continua guardada aqui agora, apenas para o dia das lembranças. Que hoje ressuscitam imagens apagadas como aquele sol de fim de tarde.
Um dia ouvi aquele grito, deixei os castelos, sacudi a poeira, saí daquele terreiro, e não percebi que era a última vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário