quinta-feira, 10 de abril de 2025

PIPOCA OU PERDÃO.

A pergunta paira no ar: Devemos perdoar? Sair  todo mundo ileso?  Foi só uma brincadeirinha exagerada?  Estamos sendo duros demais? Anistiemos?

Mas eu fico pensando…

 E se fosse o contrário, se durante o governo anterior,  um grupo de opositores invadisse palácios,  quebrasse tudo, destruísse patrimônio púbico, obras de arte, defecasse insanidade  e lambança por todo lado como seria? Com certeza metralhadoras pipocariam (epa) sem perdão nem julgamento, dentro da máxima  do bandido bom é bandido morto. Teria anistia do outro lado?

 Ou talvez nos tempos dos amáveis coronéis, a época maravilhosa dos idosos idos de 1964 aquele tempo bão  em que não houve ditadura, época de muitas  gentilezas e flores,  os patriotas caminhando e cantando para os porões... Teríamos anistia? Fariam ginástica de cabeça para baixo?  Ou usariam uma camada a mais de maquiagem no dia seguinte?  Como seria tratada a rebeldia daquele dia?

 Não, a balburdia aconteceu  em tempos socialmente mais evoluídos e nesse caso temos julgamento dentro da lei, tudo certo de forma digna e correta.

Ter anistia ou não? Punição ou perdão? O que pensa de verdade esse povo que clama humilhando-se por aí por misericórdia. Teria ele essa mesma misericórdia?

 

Perdoar não seria dar mal exemplo? Dizer que está tudo bem, pode invadir, pode quebrar, nada acontece.

Não são eles os adeptos do rigor, do castigo  e da punição?

  O que queremos é que sejam punidos, de forma correta, sem truculência violência policial, abuso de autoridade, tortura ou qualquer tratamento desumano (essas são armas deles, não da democracia) mas pagar pelos crimes de depredação do patrimônio público e principalmente por golpe contra a democracia.

Cada um punido de acordo com a gravidade de suas ações,  e todos pela conspiração e os atos bárbaros.

Agora a questão intrigante é quem são os cabeças? Ou quem é o cabeça geral? Os cabeçudos ... Tem alguém por trás de tudo isso? Ah quem sabe são os ets. aqueles que foram convocados através dos celulares em alguns rituais. Ou talvez tudo tenha acontecido por ordem de um pneu envaidecido após uma linda homenagem. Será o marchador desajeitado o autor de tudo? Quem são os condutores da massa ensandecida  e irracional, programadores  de robôs, lavadores  de cérebro,  tangedores de gado ( marcado e feliz) quem pastoreia as pobres ovelhas iludidas pela ordem de Melquisedec e o próspero futuro.  Quem ficou rico? Então, voltando ao assunto, quem  são  Condutores da massa acéfala e ensandecida? Estou repetindo, já falei isso.  A esse, a essa, ou a essas ou a esses (isso me lembra de alguém) os verdadeiros culpados a mais dura  pena.   Cada um de acordo com sua culpa.

 Será que foram eles por eles mesmos ou foram guiados por  notícias falsas (vamos usar a língua portuguesa)   delírios  do WhatsApp, teorias da conspiração pneus, ETs e etcs....

 E que o Messias ( o verdadeiro) nos proteja.

 Esperamos por justiça dentro da lei e dos princípios de dignidade e senso  de humanidade. Para que não se repita e para que saibam que a vontade e o voto do povo têm que ser respeitados e que vivemos em uma democracia.

 Enquanto Isso esperamos  com os cílios atentos a qualquer fato, comendo popicorni e lambendo aicicrim. Êta!

 Talk ?


sábado, 8 de fevereiro de 2025

PARA SEMPRE

 Queria aquela esperança desvairada

Sem compromisso nenhum com o fim

Sem as agruras do caminho

Com o apoio eterno do sim

Queria a mesma falta de escrúpulos

A inocência mais intensa

A brincar em redor

Esconde e  esconde, passa o anel

Coisas do céu 

Num eterno e divino carrossel

pendurado nas barras do tempo 

E o sorriso mais intenso

Queria o garoto  ainda aqui

sem pensar em chorar

Sem pensar que findaria,

Proibido falar em adeus

Queria não ter sepultado a história

E as referências

Em tantas urnas

Queria ter a quem pedir a benção

E o delicioso gargalhar

A voz afinada ora embargada

A cantar e cantar...

O ar  de outros tempo

O que sempre vai estar

Queria não envelhecer

E nem saber de finitudes

Efêmeras verdades escondidas

No involucro daquelas ilusões

Queria enganar o tempo

Ludibriar a morte

Tapear o destino

Queria apenas ser de novo

Quiça pra sempre aquele menino.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

ALDRAVIA (NATAL...)

 natal

que

seja

luzir

renascer

florir

NÃO AMOLA


Eu chorava quando entrei na sala. Estava emburrado, havia brigado com minha irmã, ouvido uma bela bronca da minha mãe e estava de mal com o mundo.

Quando entrei na sala vi aquela figura por lá. Era um senhor idoso de barba branca, usava roupas vermelhas e passava uma tesoura em uma máquina que fazia um barulho estranho. Estava sentado em nosso sofá, o mais  pequeno, aquele marrom rasgado  e batia devagar o pé no tapete falso  persa de mamãe. Deu-me a impressão de que em sua mente cantarolava uma canção enquanto marcava o compasso com os pés.   Estava muito concentrado em seu serviço. Seu rosto trazia uma expressão de paz e tranquilidade, e dava-me a impressão de que ele sabia tudo o que acontecia ao seu redor e conhecia as pessoas no seu intimo. Vi-o imediatamente como um sábio ou mentor.

Ao vislumbrar aquela figura minha ira ameaçou abrandar, mas outra onda veio sobre mim. Estava farto daquela casa e com raiva do mundo inteiro

Meu pai me chamou e então me apresentou ao velho. Percebi que haviam se   tornado amigos rapidamente. O carisma daquele homem podia ser sentido sem que ele proferisse uma só palavra. Eu entendi, sem ainda consegui entender muito bem as coisas.

.

-Olha aqui  senhor Leon, esse é meu filho Marquinho, ele é chorão mesmo não repara não.

O tal do senhor Leon parou o trabalho deu-me um belo sorriso e disse.

-Oh  que rapaz bacana. Tudo bem?

As palavras melosas fizeram aflorar novamente minha raiva que ia e vinha.

Eu  não queria conversa. E disse a ele:

- Ah não amola

-Olha a educação – falou meu pai muito bravo.

Nosso visitante  soltou uma gargalhada e disse:

-Ora, como eu não vou amolar se eu sou o amolador? O homem que amola facas e tesouras, para isso está aqui. Eu vim para amolar e você não quer que eu amole. Que atrapalhar meu trabalho. Que coisa louca!

Então eu comecei a rir e ele também. Seu jeito me afagou e trouxe-me a calma. Meu pai que parecia um pouco chateado com meu mau jeito e pronto para me dar uma bronca riu também. Depois pediu licença, saiu da sala e me deixou sozinho com o velho.

Ele me olhava e sorria, mas de vez em quando girava o olhar pela sala indo de um ponto a outro. Parecia reparar os contornos da casa e o cenário. Parou o olhar por alguns minutos sobre a janela, a estante de fórmica, a nossa tv preto e branco de 24 polegadas.  A radiola de madeira no outro canto.  Parecia tentar mapear cada canto daquela casa como um ladrão que desejava descobrir um meio de voltar à noite. O que ele procurava? Podia sentir sua mente trabalhando e tentando encontrar a saída para algum problema. Parecia não saber muito bem o que dizer.

Eu também estava um pouco confuso. Depois de alguns momentos de inercia resolvi agir.

-Espera um pouco. Fui até a geladeira e peguei uma forma de bolo que mamãe havia feito para o café da manhã. Apanhei também a garrafa de café na pia e coloquei sobre a mesa de fórmica da cozinha. E o chamei:

-Vem aqui tomar um café.

 

Ele veio andando muito devagar,  balançando aquela enorme pança que escapava por baixo da blusa vermelha de malha. Devia  ter artrite, reumatismo ou algo assim, mancava um pouco e parecia sentir uma dor que se  externava em pequenos gemidinhos. Quando chegou, ficou admirado também com a cozinha  e novamente seus olhares passearam indo pousar no fogão de malta da mamãe, na estante vermelha que àquela época chamávamos de guarda-comida e pararam sorrindo sobre um canto da cozinha. 

-Olha vocês têm um fogão de lenha. Que legal... É muito gostosa a comida no fogão de lenha.

-É, meu pai fez ele igualzinho ao da minha vó que morreu, a mãe dele.

-E ele tem uma chaminé.

-É claro.

-Mas é pequena demais. Que pena! 

-Como assim? É pra sair a fumaça.

Servi o café e o bolo a ele.

-O senhor parece com o papai Noel. -

-Hohoho – sua risada espalhava uma alegria gostosa pela casa

 - Todos dizem isso. Acho que é por causa da barba e também porque eu uso roupas vermelhas, sempre gostei de roupa vermelha. Mas eu moro aqui mesmo nessa cidade não é no polo norte não.

­-E vai de casa em casa amolando.

-Eu amolo sim, tesouros, facas, e pessoas, tem que gente que não gosta da minha visita. Mas eu vou de casa em casa sim, e gosto muito de andar à noite.

–À noite? Estranho. O senhor vai por aí de carro?

–Sim, pode-se dizer que tenho um carro, meu carro é veloz como ele só, voo por aí,  mas diria que a tração é um pouco diferente dos outros carros. Amo meus pequenos motores.

–Não estou entendendo.

-Deixa pra lá.

-O senhor disse que amola pessoas, as incomoda?

-Não, apenas tento afia-las, aparar alguma coisa que esteja áspera, talvez torna-la um pouquinho melhor com algumas dicas bobas. Uma palavrinha de ânimo e um hohozinho às vezes têm um grande poder.  Digamos que seja esse o meu presente.

- Vai me dizer que também dá brinquedos aos meninos?

Ele abriu o mais terno dos sorrisos, enrugando  ainda mais os cantos dos olhos já tão enrugados, numa expressão de extrema felicidade. Aquela parte da conversa o agradou bastante. Vi faíscas de regozijo escapar daqueles olhos azuis muito brilhantes.

-Às vezes, mas só para aqueles que eu gosto. Apenas para os que são bonzinhos.

-Eu não sou.

-Por que diz isso?

-Minha mãe vive me xingando, diz que eu sou muito mal criado. E não deixa  fazer quase nada. Tudo o que eu faço é errado. Não posso nem sujar a casa, nem quebrar as coisas, nem destruir nada, nem falar nome feio, nem xingar minha irmã, nem fazer malcriação, não pode isso, não pode aquilo. Ditadora, repressora. Eu não gosto dela.

-Hohoho, não pode fazer nada? Nada dessas bênçãos que você disse aí. Pobre anjo injustiçado. Vai ver ela só quer seu bem e quer te ensinar algumas coisas. Mas você não vai compreender isso agora. Talvez mais tarde você entenda tudo. Eu posso lhe garantir uma coisa, eu sei, mesmo sem conhecer você, eu sei. Você é um bom menino. Papai do céu gosta muito de você e com o tempo tudo se ajeita. Você diz que não gosta dela, mas já imaginou se ela morresse hoje. Como seria. Imagina só mamãe agora dentro do caixão e você nunca mais a veria, nem nunca mais levaria uma bronca dela. Você ia se sentir muito feliz não é mesmo? Aliviado. Imagina só nunca mais ouvir a voz dela, nunca mais ter esse bolo gostoso para comer. Fecha os olhinhos e imagina só. A casa ia ficar  vazia. Papai chorando, irmãzinha chorando imagina só...

Acho que ele foi um pouco cruel aqui.

-Não, não isso não, eu quero as broncas.

-Haha, hoho,  agora você quer. Pense bem. Ela faz tudo é para te proteger, para que a casa não seja destruída, para conter o furacão,  para que nada de mau lhe aconteça.

- Tá certo, pensando bem eu exagero às vezes.

Então ele me disse muitas coisas  e a conversa agradável estendeu-se pela tarde. Entreteu-me com um papo agradável terno e edificante. Contou-me coisas de sua vida, de onde morava, de algumas pessoas que trabalham em sua pequena fábrica de objetos de madeira,    em uma parte da cidade onde fazia muito frio,  disse que curiosamente todos eles eram bem baixinhos, falou sobre sua esposa que ele a chamava de Leona embora esse não fosse seu verdadeiro nome. Que gostava de usar meias  grandes, sempre gostou de meias grandes, e sentia um enorme prazer quando encontrava nas casas que visitava um fogão de lenha com chaminé igual ao nosso e uma lareira. Era fascinado pelo natal com suas luzes, panetones, rabanadas e toda sorte de comidas gostosas. Tocava a grande pança enquanto falava de comida.  Que adorava os meninos bonzinhos e discorreu sobre muitas coisas, deu-me algumas lições, me fez refletir bastante sobre meu comportamento e sobre muitas coisas  e  Ao final  eu o obedecia e concordava com ele.

Tornei-me outra pessoa ao ser presenteado com aquela conversa.

Foi uma tarde agradável. E depois de muito tempo  ele  voltou à melhor parte da conversa.

-Eu acho que você é um bom garoto. Então vou te dar um presente sim.

Voltou até a sala, abriu uma sacola de couro grande, onde guardava algumas ferramentas e de lá tirou um brinquedo. A similaridade acentuava-se, parecia mesmo que o bom velhinho tirava algo do saco de brinquedos para dar-me. Pegou um objeto de madeira que provavelmente era feito por ele. Era uma mini rena bem talhada, muito bonitinha.

 

-Aqui está, esse é o Rodolfo. Ele é meu amigo, mas quando vínhamos para cá ele disse que queria ficar aqui com você. Então é seu agora. Pode brincar bastante com ele.  Eu agradeci e quando meu pai voltou mostrei a ele, depois saí para brincar com meu novo brinquedo.

Na noite de natal acordei assustado porque havia uma luz em meu quarto. Demorei um pouco para entender que era Rodolfo, o nariz dele estava aceso, aquela bolotinha de madeira era uma linda luz azul de led.   O meu presente de natal dado pelo amolador de tesouras barbudo dava um sinal.

Corri ate o quarto de meu pai para mostrar a ele, mas quando lá cheguei já não estava mais aceso. Papai examinou de todas as formas o objeto e disse que seria impossível, era apenas madeira, não havia nenhuma lâmpada ali dentro, provavelmente eu havia sonhado. Mas eu garanto que foi  tudo real.

Senhor Leon nunca mais voltou a nossa rua. Nunca mais foi visto. Alias, apenas papai e eu o vimos. Ninguém da rua conversou com ele, ninguém o viu entrando em nossa casa.

E sempre me lembro daquele dia, daquele sorriso afável. Do velho barbudo que comia bolo comigo na mesa da cozinha e me dava alguns conselhos e um presente mágico.  É uma daquelas pessoas que passam pela vida da gente e traz uma luz, uma inexplicável luz.

Nunca me esquecerei daquele senhor Leon e seu carinhoso gesto de carinho amizade e ternura.

E até hoje nas noites de natal acordo assustado tendo a impressão de ter visto uma luz em meu quarto. Olho para a rena que está sempre na mesa de cabeceira e me lembro do dia em que acendeu. Uma única vez. Fez isso para que eu nunca me esquecesse daquele senhor que com seu carinho e conselhos transformou-me em um menino e um homem melhor.

 Acho que na madrugada silente ela volta a acender.  Enquanto vela pelo meu sono e embala sonhos.  

Eu sempre achei que ele era um papel Noel, mas um papai Noel ao contrário, bem diferente dos outros. Visitou-me de dia, não veio escondido, conversou comigo, me deu um presente bem diferente tirado de uma sacola de couro, tratou-me com carinho, deu-me conselhos e encheu a casa de alegria com  aquela risadona. Fez de mim um menino melhor.  Tinha similaridades com o bom velhinho, mas era meio que às avessas, o contrário do que eu esperava de um papai Noel,  acho que bem melhor que o original.

Sr. Leon meu papai Noel atrapalhado.

 Espera… Leon não é Noel ao contrário?

 

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

terça-feira, 26 de novembro de 2024

PREFIRO ESCREVER A CONVERSAR

 Poucas pessoas sabem conversar. Desenvolver um diálogo gostoso requer ouvir com atenção, trocar ideias de forma respeitosa e salutar as ideias num clima de prazer e descontração.

Existem muitos vícios e tropeços numa boa conversa. Eu mesmo sou um exemplo, pois, por timidez, não respondo de forma assertiva e não dou o feedback necessário. Além disso, minha introspecção às vezes me faz perder o raciocínio, por mergulhar em reflexões e me distanciar do interlocutor, do tema da conversa me impedindo de interagir de forma objetiva e participativa.

Mas, de modo geral, observo que as pessoas não dialogam, elas monologam. Monologam na frente da gente, falam para si mesmos ou para o vento. Querem apenas ser ouvidas e nos "alugam" por algum tempo para despejar seus lamentos intermináveis e razões duvidosos. Depois vão embora contentes com o apoio e as palavras amigas que nem ouviram

 

Coisas que detesto nas conversas:

 

1. Quando me deixam falar, mas logo interrompem.

2. Quando falam incessantemente sem dar oportunidade de resposta.

3. Quando transformam a conversa em um campo de batalha.

 

 

Fico pensando: se falam apenas para si, não precisam de mim. Que tal conversar com o espelho? Ele não precisa responder.

Depois de algum tempo, desisto.

 

Quando as pessoas fazem da conversa um campo de batalha, têm gente que é tão bélica e empenhada em contradizer que contradiz até para concordar. Estão sempre armadas para discordar e provar que você está errado. Complicam tudo e criam tropeços. Acho que para essas convergências e divergências têm o mesmo sentido.

 

As que não ouvem você falar, você emite uma sugestão ou opinião, e parece que você não está ali. Não conta; não dão importância. Se me perguntam onde está o céu, eu digo que está lá em cima, mas elas continuam procurando no chão ou nos lados.

 

Sempre falei pouco; hoje, falo ainda menos, cansei.  Converso amenidades quando me deixam falar e escrevo coisas mais profundas. Avalio as pessoas e me aproximo ou me afasto conforme necessário. Concordo com os intransigentes (palavra que, para mim, é sinônimo de idiota) e não estou nem aí.

 

Ah e tem os sabichões que estão sempre certo. Quanto a esses é melhor nem comentar.

Isso cansa.

Hoje prefiro mil vezes escrever a conversar.

 

A dica do espelho é ótima. Se a maioria fizesse isso, nos daria muito sossego, e o mundo seria mais silencioso e melhor.

PIPOCA OU PERDÃO.

A pergunta paira no ar: Devemos perdoar? Sair  todo mundo ileso?  Foi só uma brincadeirinha exagerada?  Estamos sendo duros demais? Anistiem...